Mercado de produção de veículos: o que é preciso saber sobre o tema? Entenda!

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Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou o novo Coronavírus como uma pandemia, em março de 2020, pessoas de todo o mundo estão atentas à doença provocada por ele. Diante desse cenário, foi necessário que a população mudasse seus hábitos para evitar o crescimento do número de infectados.

Entre os cuidados indicados pela OMS para a prevenção da Covid-19 está o isolamento social, o que levou à interrupção das atividades de produção e comércio em diferentes partes do mundo, incluindo o Brasil. Diversos setores sofreram os impactos dessa medida, como o mercado automotivo — um dos mais afetados pelas ações implantadas.

Passados mais de nove meses desde o início da pandemia, muita gente segue receosa e insegura quanto ao futuro do setor de produção de veículos. Se esse é o seu caso, um pequeno spoiler: o segmento está dando a volta por cima e o cenário já começou a melhorar. Siga com a gente e saiba mais sobre como anda o ramo!

Como estão os números de vendas e produção de veículos em 2020?

No início do ano, o cenário era extremamente otimista para o setor automotivo. Para se ter uma ideia, em janeiro a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) traçou uma expectativa de que 3,16 milhões automóveis fossem produzidos no país ao longo de 2020, um aumento de 7,3% em relação ao ano anterior.

Mas com a chegada da pandemia de Coronavírus, em março, a produção de veículos entrou em colapso. Vamos pegar como exemplo o período de maio de 2020, momento em que o Brasil já estava há mais de um mês vivenciando as restrições impostas pelo isolamento social.

Naquele mês, pouco mais de 44 mil carros receberam emplacamento no Brasil, de acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Se compararmos os números aos do mesmo período de 2019, houve uma redução de quase 80%, já que quase 200 mil carros foram emplacados em maio do ano passado.

A queda nas vendas gerou um contexto de medo e apreensão em grande parte dos profissionais envolvidos na cadeia automotiva, principalmente lojistas e concessionários. Afinal de contas, com a população em isolamento, a produção de automóveis continuou interrompida e o comércio fechado.

Felizmente, a situação começou a melhorar nos meses seguintes. Em junho, dados da Fenabrave revelam que 100 mil veículos ganharam placa no Brasil, o que representa um aumento de 130% em relação a maio.

Essa tendência de crescimento continuou nos meses seguintes, sobretudo devido à redução de casos e à flexibilização das medidas contra a Covid-19. Assim, as pessoas começaram a voltar à normalidade e, ansiosas por recuperar o tempo perdido, retomaram investimentos em automóveis.

Quais são as projeções para 2021 no mercado de produção de veículos?

Fazer estimativas para o mercado de produção de veículos em 2021 é uma tarefa difícil, em especial pelo fato de que a pandemia de Coronavírus ainda não chegou ao fim — e deve permanecer até que uma vacina contra o vírus seja disponibilizada à população global.

Diversos países da Europa, como França, Espanha e Inglaterra, por exemplo, voltaram a registrar crescimento no número de casos da Covid-19 durante os últimos meses, isso após um longo período de queda nos números. É o que os especialistas estão chamando de “segunda onda”.

Aqui no Brasil, as chances de que uma segunda onda também chegue são grandes, impossibilitando estimativas precisas para os setores a longo prazo.

No entanto, a pandemia não vai durar para sempre. Como diversas empresas já estão desenvolvendo vacinas, a expectativa é que em 2021 a sociedade volte à normalidade. Com ela, os mercados também devem retomar o ritmo anterior, incluindo o de produção de veículos.

A seguir, separamos algumas tendências e projeções certeiras para o próximo ano. Acompanhe!

Crescimento nas vendas

Para 2021, a previsão da IHS Markit — empresa provedora de informações — é de que sejam produzidos 2,42 milhões veículos no Brasil, o que representa um crescimento de 29% frente ao resultado esperado para 2020.

O cenário é bastante positivo, principalmente se observarmos que, neste ano, projeta-se uma queda de quase 33% na produção.

Popularização das vendas online

Muitas lojas precisaram fechar suas portas físicas devido à pandemia, mas isso não significou uma interrupção total das vendas. Se o e-commerce já era uma tendência desde o início dos anos 2000, em 2020 ele se mostrou o principal meio de compra e venda de produtos.

Antes da pandemia, a maioria dos motoristas interessados em comprar um automóvel já fazia pesquisas online antes de ir até uma concessionária ou loja de veículos, mas agora a jornada inteira pode acontecer no ambiente digital.

O problema é que muitas empresas ainda contam com poucos recursos para concretizar todos os processos de uma venda de automóveis pela internet. Por esse motivo, os profissionais do ramo devem adotar inovações em seus negócios para se adequar à nova realidade.

Preferência dos consumidores por modelos usados

Não é segredo para ninguém que o Brasil — assim como outros países pelo mundo — vem sofrendo uma grande crise financeira devido à pandemia de Coronavírus. Consequentemente, a população tende a apresentar um menor poder de compra por algum tempo.

Nesse cenário, a tendência é que haja um maior número de pessoas vendendo carros usados para pagar as contas. Com uma grande oferta de modelos somada aos motoristas que mesmo durante a crise saem do isolamento em busca de novidades, os veículos usados e seminovos tendem a figurar entre as preferências dos consumidores.

Uma pesquisa realizada pelo portal Webmotors, em parceria com a Anfavea, mostrou que 64% dos consumidores entrevistados pretendem adquirir um carro nos próximos seis meses, seja ele zero ou usado.

Qual é a participação do mercado de produção de veículos no PIB brasileiro?

No segundo trimestre de 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, registrou uma queda de 9,7% na comparação com o trimestre anterior do ano, de acordo com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A retração da economia brasileira foi resultado de perdas históricas em diferentes setores, sendo a indústria a mais afetada, com uma queda de 12,3% no período. Já o setor de serviços teve uma retração de 9,7%. É importante destacar que indústria e serviços englobam 95% do PIB do país.

Para o setor de produção de veículos, que está inserido na indústria, a Anfavea prevê uma queda entre 7% e 7,5% do PIB, o que significa uma redução de mais de 1,4 milhão de carros no Brasil em 2020.

Ainda precisamos ressaltar que, antes da pandemia, o setor automotivo representava cerca de 22% do PIB industrial brasileiro. Assim, com a retração provocada pelo cenário atual, a participação do setor no mercado brasileiro apresentou uma queda significativa.

Como os efeitos globais impactam a produção nacional de veículos?

A queda nos números do setor é o principal reflexo dos efeitos globais provocados pela pandemia de Coronavírus. No entanto, isso também afeta a produção nacional de veículos em outros âmbitos.

A redução nas exportações devido à recessão dos mercados com os quais o país se relaciona é uma delas, assim como uma possível falta de peças importadas no mercado. Esses são apenas alguns dos problemas que as montadoras devem encarar no futuro.

De que maneira esses números refletem no atendimento ao cliente?

Se você chegou até aqui, já deve ter percebido que os números do mercado de produção de veículos apresentaram melhora nos últimos meses, mas seguirão inferiores aos dos últimos anos. Desta forma, a competição tende a ser muito acirrada.

Com isso em mente, todas as lojas e concessionárias vão precisar inovar no atendimento ao cliente, pois atrair novos consumidores e fazer com que eles voltem no futuro será uma grande vantagem competitiva.

Conheça algumas novidades que surgiram no setor nos últimos meses no que diz respeito ao atendimento ao cliente, e que você deve implantar se quiser chamar a atenção do público a partir de agora:

  • contato por WhatsApp — a ferramenta marca presença na maioria dos celulares brasileiros e, portanto, pode ser usada como principal forma de auxiliar e tirar dúvidas do cliente;
  • atendimento totalmente digital — como já abordamos, muitas pessoas já estão adquirindo seus novos veículos 100% via internet, sem precisar ir até uma loja física. Ou seja, não estranhe se você não se encontrar mais pessoalmente com os consumidores durante o atendimento;
  • test-drive a domicílio — inúmeras empresas oferecem essa funcionalidade, em que um vendedor vai até a casa do cliente com o carro para que ele possa testá-lo. Mesmo com o processo acontecendo online, testar ainda é imprescindível para comprar.

Neste post você ficou por dentro de como anda o mercado de produção de veículos, além de conhecer algumas tendências e previsões que devem marcar o setor nos próximos meses. Lembre-se de continuar antenado aos números e às projeções do mercado para adotar as estratégias mais eficientes para seu negócio, ok?

Se você quer ficar por dentro de mais informações sobre o assunto, então não deixe de conferir o artigo produzido pelo presidente da Auto Avaliar, J. R. Caporal: “O grande aprendizado que tive neste período de pandemia”. Você pode acessar o conteúdo pelo LinkedIn. Boa leitura!

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